domingo, 21 de dezembro de 2025

Cristina Kirchner é operada após internação às pressas por dores abdominais


       Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina. Foto: Reprodução

A ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, foi internada na tarde deste sábado (20) em um hospital de Buenos Aires após apresentar fortes dores abdominais. Aos 72 anos, ela deixou sua residência no bairro Constitución pela primeira vez desde que passou a cumprir prisão domiciliar. Segundo informações oficiais, Cristina foi diagnosticada com apendicite e precisou ser encaminhada para cirurgia de emergência.

A internação ocorreu no hospital Otamendi e mobilizou apoiadores da ex-presidente, que se reuniram em frente à unidade de saúde para prestar solidariedade. A prefeita de Quilmes, Mayra Mendoza, esteve no local para visitá-la. Até o momento, não há divulgação oficial sobre o tempo de internação nem sobre eventuais impactos do procedimento em sua rotina judicial.

Cristina Kirchner tem um histórico recente de problemas de saúde. Em 2012, passou por cirurgia para retirada da glândula tireoide durante seu segundo mandato. No ano seguinte, foi internada para tratar um hematoma subdural crônico, que exigiu intervenção cirúrgica. Em 2014, sofreu uma fratura no tornozelo e, em 2021, realizou uma cirurgia para retirada de um pólipo uterino.

Nos últimos dias, mesmo em prisão domiciliar, a ex-presidente vinha participando de audiências virtuais do julgamento do caso Cuadernos, no qual é acusada de corrupção em contratos de obras públicas. Paralelamente, um juiz restringiu as visitas em sua residência, autorizando apenas a presença de médicos, advogados e familiares.

A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner acena para apoiadores da varanda de sua casa, onde ela cumpre prisão domiciliar. Foto: Tomas Cuesta/AFP


Cristina foi condenada em junho a seis anos de prisão no caso Vialidad, relacionado a irregularidades na construção de rodovias, decisão que também a tornou inelegível para cargos públicos. Desde então, ela permanecia em casa, conduzindo atividades políticas de forma remota e recebendo aliados, incluindo líderes estrangeiros.

Mesmo sob condenação, a ex-presidente manteve atuação política ativa, utilizando redes sociais e encontros privados para criticar o governo de Javier Milei. A varanda de sua residência se transformou em ponto simbólico de contato com apoiadores, cenário que ficou temporariamente suspenso após a emergência médica que levou à internação.

Fonte: DCM

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