sábado, 15 de novembro de 2025

Polícia Federal indicia Silvio Almeida por importunação sexual em investigação enviada ao STF

Caso inclui relato da ministra Anielle Franco, que afirma ter sido importunada pelo ex-ministro mais de uma vez

      Silvio Almeida (Foto: Filipe Araújo/MINC)

A Polícia Federal indiciou o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida no inquérito que apura denúncias de importunação sexual feitas contra ele. As informações foram divulgadas originalmente pelo G1 e reproduzidas pela Sputnik Brasil.

Segundo a publicação, a investigação corre sob segredo de Justiça e já foi remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde será analisada pelo ministro André Mendonça. O caso tornou-se público após denúncias encaminhadas à organização Me Too Brasil, responsável por apoiar vítimas de assédio e violência sexual.

☉ Relatos de Anielle Franco à PF

Uma das denúncias é da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em depoimento à PF, prestado em outubro de 2024, Anielle afirmou ter sido importunada por Silvio Almeida “mais de uma vez”. De acordo com o relato dela, as condutas inapropriadas começaram ainda em 2022, antes da posse do presidente Lula, quando ambos integravam a equipe da transição de governo.

As declarações chamaram atenção pela gravidade e pelo contexto institucional, já que, à época, Almeida era uma das figuras centrais no debate público sobre direitos humanos.

☉ Reação de Almeida e encaminhamento do caso

Após a repercussão das denúncias, Silvio Almeida negou todas as acusações. Ele declarou nas redes sociais que seria vítima de uma armação e afirmou que provaria sua inocência. Em meio ao avanço das investigações, o governo Lula decidiu pela demissão do ex-ministro em setembro do ano passado.

Com o indiciamento formal, o caso passa agora à esfera do STF, onde caberá ao ministro André Mendonça avaliar os elementos reunidos pela Polícia Federal.

☉ Denúncias e impacto no governo

O episódio repercute dentro e fora do governo por envolver duas figuras de destaque — uma ministra em exercício e um ex-ministro responsável pela pasta de Direitos Humanos. As denúncias, tornadas públicas pelo Me Too Brasil e detalhadas na investigação federal, reforçam a importância de mecanismos institucionais para acolhimento e proteção de vítimas de assédio.

O caso segue sob segredo de Justiça, e novas etapas serão conduzidas pelo STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1 e Sputnik Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário