PF deve investigar se bandeira dos EUA exibida em ato bolsonarista veio de jogo da NFL
Os deputados federais Pedro Campos (PSB-PE) e Lindbergh Farias (PT-RJ) acionaram a Polícia Federal (PF) para investigar a presença de uma bandeira dos Estados Unidos em manifestação bolsonarista realizada no último domingo (7), na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo o Metrópoles, os parlamentares protocolaram a representação nesta segunda-feira (8/9) e levantaram a hipótese de que a mesma bandeira teria sido utilizada dois dias antes, em 5 de setembro, durante partida da National Football League (NFL) na Neo Química Arena, estádio do Corinthians, também na capital paulista.
◎ Suspeitas de apoio externo
Para os deputados, a proximidade das datas, a semelhança de proporções e cores do objeto e a logística necessária para transporte levantam suspeitas de reutilização do material. Eles argumentam que a eventual cessão da bandeira por parte de uma entidade estrangeira, seja oficial ou privada, como a NFL, poderia configurar irregularidade grave.
A legislação brasileira proíbe financiamento ou apoio de origem externa a partidos políticos e movimentos no país. “Não se trata de gesto inocente, mas de parte de uma engrenagem de alinhamento da extrema-direita brasileira a interesses estrangeiros, visível no apoio a sanções contra o país, no uso de símbolos como o boné ‘MAGA’, de Donald Trump, e nas conexões internacionais do bolsonarismo”, afirmam Campos e Lindbergh no documento.
◎ Pedido de apuração detalhada
No requerimento, os parlamentares solicitam que a PF realize perícia das imagens que mostram a bandeira tanto no jogo da NFL quanto no ato político. Também pedem a identificação da origem, custódia e transporte do artefato, além da oitiva de representantes da NFL Brasil e dos organizadores da manifestação.
O pedido inclui ainda investigação sobre eventual financiamento externo. Caso sejam encontrados indícios de envolvimento de autoridades com foro privilegiado, os deputados solicitam que o caso seja encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o Supremo Tribunal Federal (STF) adote as medidas cabíveis. A Polícia Federal ainda não se manifestou sobre a representação.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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