sexta-feira, 12 de setembro de 2025

“Comprei a cerveja e a picanha”: como o condomínio de Bolsonaro reagiu à condenação no STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Foto: Brenno Carvalho

O grupo de mensagens do condomínio onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, em Brasília, ficou agitado na última quinta-feira (11), dia em que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria pela condenação do ex-presidente na ação da trama golpista. Conversas reveladas pelo Globo mostram moradores divididos entre ironias, clima de confraternização e manifestações de apoio.

Nos grupos de WhatsApp, alguns vizinhos usaram tom de festa para comentar o julgamento. “Por falar em churrasco, alguém indica um de confiança?”, perguntou um morador. Outro ironizou: “Virou Copa do Mundo.” E houve quem antecipasse o resultado: “Já comprei a cerveja e a picanha.”

As mensagens circularam antes da conclusão do voto da ministra Cármen Lúcia, que consolidou a maioria pela condenação de Bolsonaro por cinco crimes.

Nem todos, porém, entraram no clima de celebração. Houve quem defendesse o ex-presidente, afirmando que ele sempre foi “um bom vizinho” e até “um bom presidente”, lembrando sua rotina de idas à padaria e caminhadas pelo condomínio.

Outro destacou o reforço policial no local: “Aqui já era seguro, agora é o lugar mais seguro de Brasília.” Também sobraram críticas ao presidente Lula (PT): “Descondenado”, escreveu um morador.

Solar de Brasília | Agência Brasil
Condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar no DF. Foto: Reprodução

Mais cedo, Bolsonaro apareceu na garagem da casa onde vive com Michelle Bolsonaro e a filha mais nova, Laura. Acenou e sorriu para fotógrafos, sem aparentar abatimento. Segundo aliados, ele acompanhou cada sessão do julgamento ao lado apenas da ex-primeira-dama, sem a presença dos filhos.

O ex-capitão também recebeu com alívio a divergência aberta pelo ministro Luiz Fux, que votou pela absolvição da maior parte dos acusados. De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro repetiu que “o importante é que houve divergência”.

Para o entorno político do ex-presidente, o voto de Fux deve ser valorizado como prova de que o processo não é unanimidade no STF.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

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