Deputado do PT avalia que a forma como o relator tem conduzido a votação dos requerimentos compromete as investigações
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) criticou nesta terça-feira (26) o plano de trabalho apresentado na CPMI do INSS, classificando-o como "tendencioso". Em entrevista ao UOL News, o parlamentar ressaltou que a forma como o relator tem conduzido a votação dos requerimentos favorece apenas um lado político e compromete a amplitude das investigações.
Correia destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, (PT) ao ser informado sobre a atuação de uma quadrilha no sistema de consignados do INSS, agiu de imediato em conjunto com a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e o Ministério da Previdência para suspender descontos irregulares. "O que o presidente Lula fez foi, ao saber que essa quadrilha estava agindo, desarticulou, junto com a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e o ministro Volnei [Volnei Queiroz], e hoje colocou as coisas onde deviam ser colocadas e paralisou o processo ao paralisar os descontos", afirmou.
O parlamentar ressaltou que a existência de fraudes não foi espontânea, mas fruto de uma estrutura organizada. "Ter uma quadrilha atuando no governo não é novidade. Agora, esse processo existiu, não espontaneamente, ele foi montado. E esta montagem vai levar também às figuras importantes de serem aqui investigadas", declarou.
Para Correia, a seleção de requerimentos feita até agora aponta para uma condução parcial da CPMI. "Eu também já estranhei por que o requerimento que convoca Paulo Guedes não foi colocado entre os ministros. Então, evidentemente, aí já é tendenciosamente um lado que o relator assume para a colocação dos requerimentos", criticou.
O deputado relatou ainda que apenas pedidos do relator foram colocados em votação, sem espaço para outras propostas apresentadas por membros da comissão. "Hoje ele colocou para votar apenas os requerimentos do relator, nenhum outro requerimento. Todos são do relator a ser votado hoje, uma quantidade muito grande, o que significa que nós não sabemos depois se o presidente vai colocar, ou quando, outros requerimentos de votação", disse.
“Então vamos ver como é que é o andamento disso, mas a nossa intenção, além de eleger o vice-presidente, é ter um controle maior de plano de trabalho e de requerimentos aprovados que possam dizer realmente o que aconteceu e punir os responsáveis”, completou.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL News
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