Influenciadores digitais posam para foto em frente ao STF durante evento sobre democracia e comunicação – Foto: STF
Originalmente publicado no site do STF
Influenciadores digitais de várias regiões do país estiveram na tarde desta quarta-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF) participando de um bate-papo e da troca de ideias sobre democracia, papel das instituições e comunicação nas redes sociais.
A segunda edição do evento “Leis e likes: o papel do Judiciário e a influência digital”, promovido pelo STF em parceria com o Redes Cordiais, reúne 26 produtores de conteúdo para atividades e debates que acontecem até quinta-feira (14). A iniciativa busca trocar experiências e conhecimentos entre personalidades do universo digital e quem faz parte do mundo do direito.
O evento conta com patrocínio do YouTube, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e tem parceria do Instituto Justiça e Cidadania (IJC). Nenhum influencer recebeu cachê por sua participação, uma vez que o encontro tem contrapartida 100% social, e o STF não custeia as visitas.
Dia cheio
No Supremo, os influenciadores puderam conversar com os ministros Luís Roberto Barroso (presidente), Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Depois, acompanharam o começo da sessão plenária e fizeram uma visita guiada pelo edifício-sede e museu do Tribunal. No final do dia, o grupo participou de um bate-papo com gestores da Corte. O espaço serviu para trocas de ideias sobre o papel da Justiça e do STF.
A secretária-geral do STF, Aline Osório, afirmou que hoje o Tribunal é mais lembrado por investigações ou ações criminais, mas que essa é uma pequena parte dos trabalhos. Segundo ela, o evento permite que os influenciadores tragam à Corte suas experiências de comunicação com as pessoas. “A gente precisa entender e aprender com vocês”, disse.
Giselly Siqueira, secretária de Comunicação do STF, reforçou a importância de uma comunicação que chegue até as pessoas. “A comunicação de um órgão público como o Supremo tem dificuldades, porque a gente tem que falar para todas as pessoas, dos operadores do direito até aqueles que não têm o conhecimento técnico. Por isso é importante esse diálogo. Sozinha, nenhuma instituição consegue fazer isso”, afirmou.
Também participaram da roda de conversa a juíza Flávia Martins de Carvalho, ouvidora do STF; Fábia Galvão, coordenadora de multimeios da Corte; e Clara Becker, diretora-executiva do Redes Cordiais.
Conteúdo acessível
Participante do evento, Fred Nicácio defendeu a adoção de uma comunicação mais acessível. “Ver os movimentos do STF para que essa comunicação ocorra é muito legal e motivador. Por mais que vocês não consigam se comunicar com nossa audiência como a gente, nós não conseguimos ter acesso a informação séria e verdadeira se não for por vocês”, afirmou.
Laila Zaid citou os problemas com a polarização política na internet e com a disseminação de desinformação, destacando a importância de uma comunicação que não fique restrita só a determinados grupos. Já a diretora de cinema e roteirista Sabrina Fidalgo questionou o papel representado pelo Supremo na sociedade e quais discussões podem ser feitas no tribunal.
O criador de conteúdo Mizael Silva disse que as informações verdadeiras sobre decisões do STF acabam não chegando às pessoas na internet. Ele apontou a importância das redes da Corte, como o perfil no Instagram, para divulgar os fatos.
As atividades continuam nesta quinta-feira (14), com rodas de conversa com a ministra Cármen Lúcia e os ministro Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Fonte: DCM
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