Estudo da Fiemg alerta para perda de empregos, queda na renda das famílias e forte impacto sobre exportações de carne, aço e café
Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), divulgado nesta terça-feira (5), estima que as novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, mesmo com isenções parciais, causarão prejuízos significativos à economia nacional. Segundo o Metrópoles, o estudo revela que a medida, que entrou em vigor nesta quarta-feira (6), pode provocar uma retração de R$ 25,8 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo.
No horizonte de longo prazo, o cenário é ainda mais grave: a perda estimada é de R$ 110 bilhões. Além disso, a Fiemg calcula que a renda das famílias brasileiras poderá encolher R$ 2,74 bilhões nos próximos dois anos. O número de postos de trabalho também deve ser afetado, com previsão de redução de 146 mil empregos formais e informais.
De acordo com a reportagem, os setores industriais que sentirão com mais força os efeitos da medida são siderurgia, fabricação de calçados, produtos de madeira e de máquinas e equipamentos mecânicos — segmentos diretamente ligados à pauta exportadora brasileira.
Na agropecuária, o impacto se concentra na cadeia da carne bovina, que permanece fora da lista de isenções tarifárias. O segmento tem peso expressivo nas vendas externas do Brasil e será um dos mais prejudicados com o novo pacote tarifário.
Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões para os Estados Unidos, valor correspondente a 1,8% do PIB nacional. Metade dessas exportações se concentra em combustíveis minerais, ferro e aço, e máquinas e equipamentos — setores que também foram incluídos nas novas tarifas.
Segundo a Fiemg, os produtos que permanecem sujeitos à taxação respondem por cerca de 55% do total exportado para o mercado estadunidense, o equivalente a aproximadamente US$ 22 bilhões. Entre os itens mais impactados estão café, carne bovina, produtos semimanufaturados de ferro e aço, além de bens manufaturados em geral.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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