quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Entorno de Bolsonaro teme prisão comum após plano de asilo na Argentina

Documento encontrado pela PF em celular do ex-presidente gera apreensão entre aliados

Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A revelação de um rascunho de pedido de asilo político à Argentina, encontrado no celular de Jair Bolsonaro, acendeu o alerta entre aliados e advogados do ex-presidente. Segundo reportagem de O Globo, conselheiros jurídicos avaliam que o documento pode ser usado como indício de tentativa de fuga, aumentando as chances de que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine sua transferência para uma prisão comum ou para uma unidade militar.

O arquivo, intitulado “Carta JAIR MESSIAS BOLSONARO.docx”, foi localizado pela Polícia Federal (PF) durante operação que apreendeu o aparelho do ex-presidente. Embora não tenha data nem assinatura, o relatório aponta que a última modificação ocorreu em 12 de fevereiro de 2024, dias após a deflagração da operação Tempus Veritatis, que apura a tentativa de golpe de Estado.

“O conteúdo revela que JAIR MESSIAS BOLSONARO praticou atos para obter asilo político na Argentina. Embora se trate de um único documento em formato editável, sem data e assinatura, seu teor revela que o réu, desde a deflagração da operação Tempus Veritatis, planejou atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal”, afirma a PF no relatório.

Entre aliados, a apreensão é de que o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações no STF, interprete o episódio como prova de descumprimento de medidas cautelares. Moraes já determinou que Bolsonaro apresente explicações em 48 horas e solicitou manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Integrantes da defesa temem que, diante da suspeita de tentativa de fuga, Moraes converta a prisão domiciliar em regime fechado, o que poderia levar o ex-presidente a uma cela convencional ou a um quartel militar. A perspectiva é vista como um dos cenários mais delicados desde a prisão de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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