Articulação visa nomear o parlamentar como secretário estadual, sem depender diretamente do mandato na Câmara dos Deputados
Governadores alinhados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) iniciaram articulações para encontrar uma saída política que permita ao parlamentar manter-se em evidência mesmo longe do Congresso. De acordo com a CNN Brasil, a proposta discutida com interlocutores de Eduardo é nomeá-lo como secretário estadual, possibilitando-lhe exercer funções políticas sem depender diretamente do mandato na Câmara dos Deputados.
A estratégia permitiria que Eduardo Bolsonaro permanecesse morando nos Estados Unidos, onde já está há meses, atuando de forma remota junto ao governo do presidente estadunidense, Donald Trump, visando impor sanções a autoridades brasileiras para impedir o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no âmbito do inquérito que apura uma suposta trama de golpe de Estado. Ele também teria a função de estabelecer canais com outras lideranças internacionais, a exemplo do presidente argentino Javier Milei, com quem mantém proximidade política.
Segundo a reportagem, Santa Catarina, administrada pelo governador Jorginho Mello (PL), é um dos estados que demonstraram interesse nessa articulação. Mello é um dos principais aliados do clã Bolsonaro e vê na proposta uma oportunidade de fortalecer os laços com o governo dos EUA, além de manter o nome da família Bolsonaro no debate político mesmo fora do parlamento.
Paralelamente, há movimentações dentro da própria Câmara dos Deputados para flexibilizar as regras de funcionamento do mandato parlamentar. Em junho, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) apresentou uma proposta de alteração no regimento interno da Casa. A ideia é permitir que, em situações excepcionais, um deputado possa exercer o mandato mesmo residindo no exterior.
Além disso, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deve apresentar uma estratégia que permita aos parlamentares tirarem licença por até 240 dias sem remuneração, em casos de interesse particular. A medida também abriria caminho para que Eduardo Bolsonaro mantivesse sua influência política sem perder formalmente o mandato.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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