Bolsonaro e Rubens Menin, dono da CNN
O dono da CNN Brasil, Rubens Menin, criticou o governo Lula diante da crise com os Estados Unidos. Em entrevista neste sábado (26) à Folha, ele classificou a postura do Planalto como “inerte” diante da sobretaxa de 50% imposta pela gestão Trump sobre produtos brasileiros e afirmou que empresários, por iniciativa própria, estão buscando interlocução direta com Washington.
Menin, que também é dono do Banco Inter e da construtora MRV, minimizou a possibilidade de sanções ao sistema financeiro, mas alertou para o impacto na entrada de investimentos estrangeiros. Segundo ele, o fechamento da Casa Branca ao governo brasileiro tem dificultado qualquer saída institucional. “O governo ainda não se convenceu do que fazer. As portas estão fechadas. As empresas é que estão capitaneando esse processo”, afirmou.
Ao comentar o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) na regulação das big techs, criticou decisões recentes e defendeu que o tema seja debatido no Congresso. Ele avalia que a perda de “harmonia entre os poderes” dificulta a reação diplomática ao tarifaço e afasta investidores internacionais. “Precisamos mostrar equilíbrio institucional. O Brasil ainda tem segurança jurídica, mas pode perder essa vantagem se errar na condução”, alertou.
“As big techs não têm nenhum interesse em romper com o Brasil, porque somos um mercado muito grande. Então, talvez elas se tornem nossas aliadas na solução desse problema”, disse.
A CNN Brasil abandonou qualquer aparência de jornalismo e passou a atuar como plataforma para golpistas e figuras da extrema-direita ligadas ao bolsonarismo e ao governo Trump. O canal tem dado espaço livre a nomes como Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que propagam ataques às instituições e ameaças autoritárias sem serem confrontados.
Entrevistas são conduzidas sem questionamentos, mesmo diante de mentiras ou declarações graves. Recentemente, Eduardo Bolsonaro afirmou em rede nacional que, em caso de “terra arrasada”, estaria “vingado dos ditadores de toga”, referindo-se aos ministros do STF.
Fonte: DCM
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