segunda-feira, 21 de julho de 2025

Câmara adota estratégia de “banho-maria” para caso Eduardo Bolsonaro

A ideia é replicar o caso de Chiquinho Brazão e evitar tomar uma decisão definitiva para cassar o mandato do deputado

      Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados não tem pressa para resolver a situação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo informações da CNN Brasil, a intenção dos dirigentes da Casa é empurrar o caso até o limite possível, evitando tomar uma decisão definitiva enquanto houver margem para manter o mandato do parlamentar.

De acordo com fontes ouvidas pela emissora, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não pretende priorizar mudanças no regimento, como quer a oposição, nem tampouco acelerar a tramitação de qualquer medida que leve à cassação de Eduardo. O deputado deixou o Brasil para articular sanções junto ao governo dos Estados Unidos como forma de tentar evitar a prisão de seu pai, Jair Bolsonaro (PL).

A estratégia, segundo interlocutores, é replicar o modelo adotado no caso do ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. Apesar de ter sido cassado pelo Conselho de Ética, Brazão manteve o cargo até abril deste ano, quando teve o mandato encerrado pela Mesa Diretora por faltas, com base no artigo que determina a perda de mandato por ausência em um terço das sessões ordinárias.

No caso de Eduardo Bolsonaro, a avaliação interna é de que, com a contagem de faltas justificadas, sessões não deliberativas e possibilidade de votações remotas, o mandato poderia ser mantido até o fim do ano.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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