Decisão atendeu pedido do Brasil para inclusão de advogado no processo; audiência foi remarcada para 8 de julho em Buenos Aires
A Justiça da Argentina voltou a adiar o julgamento de extradição dos cinco brasileiros condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 que estão presos no país. Segundo a coluna da jornalista Amanda Cotrim, do UOL, a nova data para a audiência foi marcada para o dia 8 de julho, em Buenos Aires.
A sessão estava inicialmente prevista para ocorrer em 18 de junho, mas foi remarcada para 24 de junho por coincidência de datas com o julgamento da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, condenada por corrupção. A Justiça decidiu que Kirchner poderá cumprir pena em prisão domiciliar. Agora, o processo dos brasileiros teve novo adiamento, desta vez a pedido do governo brasileiro.
De acordo com a reportagem, o motivo do novo atraso foi a solicitação do Brasil para incluir um advogado que atuará no caso. O profissional argentino representará oficialmente os interesses do Estado brasileiro, ao lado do Ministério Público Federal da Argentina, que já conduz a ação em favor da extradição. A prática é comum em processos com importância política ou diplomática. “Quando há interesse estratégico, muitos países nomeiam advogados próprios, o que também amplia a visibilidade do caso”, disse uma fonte ouvida sob condição de anonimato.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, responsável por intermediar os pedidos de extradição encaminhados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.
Os cinco brasileiros estão detidos na Argentina há sete meses e solicitaram refúgio político. A decisão sobre a extradição será tomada pelo juiz Daniel Rafecas, da 3ª Vara Federal. Caso ele se manifeste favoravelmente ao envio dos réus ao Brasil, ainda haverá possibilidade de recurso à Suprema Corte argentina.
O caso foi revelado pelo UOL em maio de 2024. Após a divulgação, o STF encaminhou à Justiça argentina uma lista com 62 pedidos de extradição de condenados que fugiram do Brasil após os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista Amanda Cotrim, do UOL
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