O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) desmentiu seu irmão, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sobre a visita de um representante dos Estados Unidos ao Brasil. Ele, que é presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, afirmou que o objetivo da viagem é discutir ações no setor.
David Gamble, chefe do Escritório de Coordenação de Sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos, desembarcou no Brasil nesta segunda (5) para reuniões com o Itamaraty, Ministério da Justiça e outros órgãos federais.
Eduardo espalhou a fake news de que Gamble viria ao Brasil para tratar de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A mentira chegou a ser replicada por alguns veículos de imprensa brasileiros, mas foi desmentida oficialmente pela Embaixada dos Estados Unidos.
Flávio se reuniu com Ricardo Pita, conselheiro sênior para assuntos do Hemisfério Ocidental no Departamento de Estado, funcionário de Gamble. Ele solicitou a a reunião com a autoridade americana por meio da embaixada do país no Brasil.
“O assunto aqui não tem nada a ver com sanções, com relação a quem quer que seja, como foi tratado e por parte da imprensa. Essa reunião não foi pra isso, já havia pedido essa reunião”, afirmou o senador. Ele diz que o objetivo do encontro era discutir supostas alianças do CV (Comando Vermelho) e do PCC (Primeiro Comando da Capital) com organizações como o Hezbollah. A declaração foi dada durante conversa com jornalistas nesta segunda (5).
“O que nós tratamos aqui é que eu pedi ao governador Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, por intermédio da sua Secretaria de Segurança, um relatório de inteligência sobre a expansão dos grupos brasileiros, em especial de tráfico de armas e drogas, mais especificamente o Comando Vermelho e o PCC, sobre as vinculações deles com organizações criminosas internacionais”, prosseguiu.
Em nota, a embaixada americana afirmou que a viagem de Gamble ao Brasil serve para debater “combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”. “Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, explicou o órgão.
Fonte: DCM
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