Antônio Neto diz que partido segue na base e manifesta apoio a Carlos Lupi em meio às investigações sobre fraudes no INSS
Durante ato organizado pelas centrais sindicais em celebração ao Dia do Trabalhador, o presidente do PDT, Antônio Neto, evitou especulações sobre a possível saída da sigla da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante das denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que recaem sobre o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. "Não trabalho com hipóteses", declarou Neto, ao ser questionado sobre uma eventual demissão de Lupi e os desdobramentos para o partido. As informações são do UOL.
Embora tenha evitado fazer previsões, Antônio Neto afirmou que "o PDT está apoiando o governo, está dentro do governo, está firme". Ele acrescentou que a legenda aguardará como o caso será tratado tanto pelo ministro Lupi quanto pelo presidente Lula. O dirigente pedetista manifestou solidariedade ao correligionário e classificou como indispensável a atuação firme do governo frente às denúncias. "O governo tem que agir com pulso forte", afirmou.
Ao destacar a trajetória de Carlos Lupi, Neto disse confiar plenamente no ministro. "Nós sabemos a integridade, a competência, a qualidade e o compromisso que o Lupi tem com toda a história". Para ele, desde a chegada de Lupi à pasta, as investigações avançaram. "É importante todo esse trabalho para acabar de vez com essa tentativa de acabar com o dinheiro do velho aposentado, que já tem uma média salarial muito baixa", pontuou.
Nos bastidores, membros do PDT afirmam que, caso o ministro seja desligado do cargo, o partido não pretende indicar um novo nome para o Ministério da Previdência. A eventual saída de Lupi do governo teria impacto simbólico para o Executivo no Congresso Nacional, onde a sigla possui 17 deputados federais e três senadores.
Outros integrantes do governo também se manifestaram durante o evento. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reconheceu o papel do governo nas investigações e afirmou que a permanência de Lupi será definida com base em uma avaliação política. "O ministro Lupi tem as ferramentas e uma nova gestão no INSS para tomar as decisões e fazer as correções de rota para garantir à sociedade que o INSS é uma instituição séria", disse.
Ainda conforme a reportagem, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, também defendeu Lupi e afirmou que, até o momento, "não há nada que desabone o ministro". Ele garantiu que as investigações seguirão e que "os envolvidos serão punidos, no rigor da lei".
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também saiu em defesa de Carlos Lupi e afirmou que ele tem colaborado com as apurações. "Acredito que não faz sentido, do ponto de vista político, a demissão", disse.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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