sábado, 3 de maio de 2025

Gleisi articulou substituição de Lupi em conjunto com a base do PDT

Ministra costurou, com apoio da bancada pedetista, a nomeação de Wolney Queiroz para conter crise provocada por fraudes no INSS

       Gleisi Hoffmann - 18/03/2025 (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, articulou diretamente com parlamentares do PDT a saída de Carlos Lupi do comando da Previdência Social e a indicação de Wolney Queiroz como seu sucessor. Segundo o Metrópoles, Gleisi manteve diálogo constante com integrantes da legenda ao longo da sexta-feira (2/5), ouvindo sugestões para a sucessão na pasta e acatando o nome de Queiroz, então secretário-executivo do ministério. O objetivo foi preservar o espaço do PDT na Esplanada e manter o partido na base de apoio ao governo Lula, em meio à crise causada pelas fraudes bilionárias no INSS.

De acordo com apuração da CNN Brasil, Gleisi comandou as operações política e administrativa diante das investigações que apontam prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas. Sua atuação foi decisiva para evitar um rompimento do PDT com o governo e, ao mesmo tempo, dar uma resposta institucional à crise. Wolney Queiroz, ex-deputado com bom trânsito no Congresso, foi escolhido por reunir apoio interno no partido e credenciais técnicas para lidar com o momento delicado na Previdência.

A substituição de Lupi foi construída de forma negociada. Na quarta-feira (1/5), já havia movimentação para a entrega do cargo, confirmada na sexta durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lupi divulgou carta pública defendendo punições aos responsáveis pelas fraudes e reafirmando seu compromisso com o governo. Apesar de deixar o ministério, conseguiu emplacar o nome de seu principal auxiliar.

Além da escolha na Previdência, Gleisi também teve papel decisivo na definição do novo comando do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Gilberto Waller Jr. assumiu o posto com a responsabilidade de liderar auditorias e construir, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), mecanismos para ressarcir os beneficiários lesados pelas fraudes. Ele substitui Alessandro Stefanutto, que deixou o cargo no contexto da crise.

A atuação de Gleisi em meio à crise reforça sua importância nas engrenagens políticas do Planalto. Desde que assumiu a Secretaria de Relações Institucionais, a ministra tem atuando em decisões estratégicas, inclusive com vistas ao projeto de reeleição de Lula em 2026. A manutenção do PDT na base é vista como essencial para garantir governabilidade e apoio eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles e da CNN Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário