quinta-feira, 15 de maio de 2025

Comércio varejista bate recorde histórico em março com avanço de 0,8%, aponta IBGE

Setor registra sua terceira alta mensal consecutiva e atinge o maior nível desde o início da série em 2000

(Foto: Agência Brasil )

Setor registra sua terceira alta mensal consecutiva e atinge o maior nível desde o início da série em 2000, com crescimento distribuído entre seis das oito atividades

O volume de vendas no comércio varejista brasileiro avançou 0,8% na passagem de fevereiro para março de 2025, marcando o maior patamar já registrado desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), iniciada em janeiro de 2000. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este é o terceiro mês seguido de alta no indicador, o que elevou a média móvel trimestral a 0,6%, após crescimento de 0,3% no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado superou o recorde anterior, alcançado em fevereiro deste ano, e reflete um desempenho positivo mais distribuído entre os diversos setores do varejo, segundo destacou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos: “no último mês, o que chama mais atenção é o perfil distribuído do crescimento intersetorial. Tivemos seis atividades em crescimento, inclusive as com mais peso, como a farmacêutica e hiper e supermercados”.

⊛ Setores com melhor desempenho - Entre as oito atividades investigadas, seis registraram avanço em março. O destaque foi para o grupo de Livros, jornais, revistas e papelaria, que teve alta expressiva de 28,2%. Segundo Cristiano Santos, esse comportamento é comum no início do ano, mas em 2025 houve deslocamento da demanda para março, influenciado por alterações no calendário escolar e nos prazos de fechamento de contratos: “no ano de 2025 esse desempenho positivo não aconteceu em fevereiro para o setor, se deslocando para março”.

Outro segmento que contribuiu positivamente foi o de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com crescimento de 3%. O gerente da PMC relaciona esse resultado à oscilação cambial: “como houve alta variação do dólar no início do ano, as empresas têm esperado momentos oportunos para renovação de estoques, provocando alta volatilidade no indicador de volume, com alta forte em janeiro, queda da mesma magnitude em fevereiro e posterior crescimento em março”.

As demais variações positivas ocorreram nos setores de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,2%), Tecidos, vestuário e calçados (1,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).

⊛ Resultados negativos - Em sentido contrário, dois setores apresentaram queda entre fevereiro e março: Móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (-2,1%). Este último vinha de dois meses positivos e teve retração em março. “No mês de março há um rebatimento desse crescimento, que reflete também uma demanda menor por combustíveis naquele mês”, explicou o gerente do IBGE.

Já no varejo ampliado, que inclui veículos, motos e materiais de construção, houve alta de 1,9% frente a fevereiro, após leve queda de -0,2% no mês anterior. O segmento de Veículos e motos, partes e peças cresceu 1,7%, enquanto o de Material de construção subiu 0,6%.

Fonte: Brasil 247

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