Centrais organizam manifestações em ao menos nove capitais com pautas que incluem mudanças na legislação trabalhista e reajuste do salário mínimo
As principais centrais sindicais do Brasil realizam nesta quinta-feira (1º), Dia do Trabalhador, um ato unificado na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo, com foco em demandas históricas da classe trabalhadora. Uma das principais reivindicações do movimento será o fim da escala de trabalho 6x1 — seis dias trabalhados para um de descanso. As informações são do Valor Econômico.
A manifestação na capital paulista é organizada por Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB e Pública Central do Servidor. A CUT participa como convidada. O evento terá início às 9h, com discursos políticos programados entre 11h e 13h, que devem contar com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo.
Além das falas e mobilizações, o ato terá shows gratuitos de artistas populares, como Fernando e Sorocaba, Pixote, Léo Magalhães, entre outros. A Força Sindical também informou que serão distribuídos até o dia do evento 3 milhões de cupons para o sorteio de dez carros.
Na terça-feira (29), as centrais entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um documento com 26 reivindicações da classe trabalhadora para o ano de 2025. Entre os destaques estão a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1, ambas formalizadas em Propostas de Emenda à Constituição (PEC) apresentadas pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Em nota, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) declarou: “O Brasil está atrasado nesse debate uma vez que, nos países considerados mais desenvolvidos, a demanda é pela redução da semana de trabalho para quatro dias, com três dias de descanso remunerado”.
Outras reivindicações incluem a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, proposta já encaminhada pelo governo ao Congresso; a implementação plena da lei da igualdade salarial entre homens e mulheres; e a retomada da política original de valorização do salário mínimo. Segundo a CTB, o atual modelo, sancionado no pacote fiscal de 2023, “ficou restrito ao teto de 2,5%, o que, neste ano, resultou em índice inferior ao crescimento do PIB registrado dois anos antes”.
Além de São Paulo, atos estão previstos em pelo menos nove capitais brasileiras, coordenados por diferentes movimentos, como o Vida Além do Trabalho (VAT). As cidades com manifestações confirmadas incluem Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Vitória, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Porto Alegre.
Em São Paulo, o VAT também realiza uma manifestação na Praça Oswaldo Cruz, a partir das 9h. Já na Avenida Paulista, será aberta nesta quinta-feira a 11ª edição da exposição “UGT da Paulista”, mostra de arte a céu aberto com foco em sustentabilidade, justiça social e direitos humanos.
Com curadoria da produtora Didiana Prata e do jornalista Fernando Costa Netto, a mostra reúne 30 painéis dos artistas Xadalu Tupã Jekupé e Pri Barbosa e permanece até 31 de maio. “A exposição conecta cultura, trabalho e meio ambiente”, destacou Chiquinho Pereira, secretário nacional de organização da UGT.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico
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