segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Moraes: “Falsas narrativas” de Eduardo Bolsonaro envenenaram relação do Brasil com os EUA

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que o relacionamento entre Brasil e Estados Unidos foi “envenenado” por “falsas narrativas” propagadas por políticos brasileiros ligados ao governo de Donald Trump. Em entrevista ao Washington Post, divulgada nesta segunda-feira (18), ele citou diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao apontar a disseminação de desinformação nas redes sociais.

O magistrado disse ter grande admiração pelos Estados Unidos e mencionou pensadores como John Jay, Thomas Jefferson e James Madison como inspiração. Segundo o ministro, os dois países sempre mantiveram relação histórica de amizade, mas esse vínculo foi desgastado por discursos que contribuíram para espalhar inverdades sobre o cenário político brasileiro.

“Essas narrativas falsas acabaram envenenando o relacionamento, narrativas falsas sustentadas pela desinformação disseminada por essas pessoas nas redes sociais. Então, o que precisamos fazer, e o que o Brasil está fazendo, é esclarecer as coisas”, afirmou o ministro.

Moraes também comentou o fato de ter sido sancionado pela Lei Magnitsky, que prevê restrições de visto e bloqueio de bens a autoridades acusadas de violar direitos humanos. “É agradável passar por isso? Claro que não é agradável”, observou. Apesar disso, afirmou que continuará exercendo suas funções normalmente no Supremo.

O ministro ressaltou que a Polícia Federal (PF) conduz um inquérito para investigar a participação de políticos estrangeiros em atos antidemocráticos que atingiram a democracia brasileira. “Enquanto houver necessidade, a investigação continuará”, garantiu ao ser questionado sobre o andamento das apurações.

O magistrado também rebateu críticas do ex-colega Marco Aurélio Mello, que manifestou preocupação com a imagem do STF. Moraes afirmou que a Corte precisou agir como “vacina” contra o avanço da autocracia no país, justificando o posicionamento mais firme do tribunal diante dos ataques que ocorreram nos últimos anos.

“Não há como recuarmos naquilo que precisamos fazer. Digo isso com total tranquilidade”, declarou.

Ao comentar o julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes reforçou sua posição ao dizer que não pretende alterar o curso dos processos em andamento no STF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução
“Não há a menor possibilidade de recuar um milímetro sequer”, disse o ministro. “Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido.”

Fonte: DCM

Governo Lula envia resposta à investigação comercial dos EUA contra o Brasil

Planalto entrega relatório ao USTR sobre investigação da Seção 301. Gestão Trump mira PIX, etanol, propriedade intelectual e desmatamento ilegal

                Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará nesta segunda-feira (18) um relatório ao Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) em resposta à investigação aberta pela gestão de Donald Trump, atual presidente dos EUA, com base na Seção 301 da Lei Comercial norte-americana. O procedimento mira supostas práticas “desleais” no Brasil e coloca no centro do debate o PIX, o mercado de etanol, a proteção à propriedade intelectual, a fiscalização anticorrupção, as tarifas preferenciais e o desmatamento ilegal

Segundo o Metrópoles, o envio do documento ocorre em meio a um ambiente diplomático mais tenso entre os dois países, acentuado por anúncios recentes de sanções a autoridades brasileiras e ameaças de novas medidas retaliatórias por parte da Casa Branca

◈ O que está sob escrutínio do USTR

A abertura da investigação foi anunciada em 15 de julho e desde então o USTR passou a receber contribuições de cidadãos e entidades. O escopo envolve seis frentes:

  • Comércio digital e serviços de pagamento eletrônico — os EUA afirmam que o Brasil teria criado um ambiente hostil a big techs, mencionando decisões do STF, e citam “práticas desleais” ligadas ao PIX;
  • Tarifas preferenciais — alega-se que acordos brasileiros com terceiros teriam reduzido tarifas de modo a prejudicar exportações dos EUA;
  • Fiscalização anticorrupção e transparência — questiona-se um suposto enfraquecimento de controles, com impacto competitivo sobre empresas americanas;
  • Propriedade intelectual — o documento cita omissões na proteção de direitos autorais e patentes, afetando setores de tecnologia e indústria criativa;
  • Mercado de etanol — Washington reclama de tarifas mais altas e de desequilíbrios após o Brasil abandonar o tratamento recíproco quase isento;
  • Desmatamento ilegal — aponta-se que a destinação de áreas desmatadas à produção agrícola geraria vantagem competitiva indevida a produtores brasileiros.

◈ Sanções e escalada de atritos

Na quarta-feira (13), a Casa Branca anunciou sanções a Mozart Sales e Alberto Kleiman, servidores ligados à criação do Mais Médicos. A filha e a esposa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), também tiveram restrições de entrada nos EUA. A justificativa norte-americana é que o programa brasileiro teria beneficiado o regime de Cuba, alvo de embargo econômico desde os anos 1960.

Não é um fato isolado. Em episódios anteriores, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e outros sete magistrados tiveram visto suspenso. Paralelamente, a administração Trump adotou sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros que entram no mercado norte-americano, ampliando o desgaste comercial.

◈ Por que a seção 301 importa

A Seção 301 autoriza Washington a investigar e, se entender cabível, impor medidas unilaterais em resposta a práticas consideradas injustas por parceiros comerciais. Em casos semelhantes, o instrumento já embasou tarifas punitivas e barreiras adicionais. Para o Brasil, o risco é ver cadeias exportadoras — do agronegócio à indústria de base tecnológica — pressionadas por custos e incertezas regulatórias.

◈ O que o Brasil vai argumentar

O relatório brasileiro, que chega ao USTR nesta segunda, deve rebater as acusações e contextualizar pontos sensíveis:

  • PIX — enfatizar o caráter público e interoperável do arranjo de pagamentos, pioneiro em inclusão financeira e competição;
  • Propriedade intelectual — detalhar normas e enforcement já existentes e iniciativas de modernização;
  • Etanol — apresentar a política tarifária e mecanismos de equilíbrio entre oferta interna, preços e compromissos internacionais;
  • Desmatamento — listar ações de combate à ilegalidade e metas ambientais, além de instrumentos de rastreabilidade e monitoramento;
  • Anticorrupção — elencar leis, órgãos de controle e medidas recentes de transparência;
  • Tarifas preferenciais — defender que acordos comerciais seguem regras multilaterais e não discriminam os EUA;

◈ Impacto para empresas e consumidores

Dependendo do desfecho, empresas brasileiras que exportam aos EUA podem enfrentar novos custos. Setores de tecnologia, criativos, sucroenergético e agrícola estão entre os mais expostos. Do lado doméstico, qualquer reação brasileira — seja via contestações jurídicas ou contramedidas — também pode afetar preços e cadeias de suprimentos, inclusive em insumos industriais e bens de consumo importados.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Bolsonaristas pedem três semanas a Trump para tentar aprovar agenda contra o STF

Bolsonaristas pressionam Casa Branca por anistia aos golpistas e esperam aplicação da Lei Magnitsky contra ministros da Corte

                 Ministros do STF e Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Augusto / STF I Lula Marques / Agência Brasil)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL),com canais de interlocução junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitaram mais três semanas para avançar no Congresso brasileiro com uma agenda voltada contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, o grupo bolsonarista considera satisfatório o andamento das articulações legislativas e pressiona pela aprovação de medidas que incluem anistia a investigados pela intentona golpista de 8 de janeiro de 2023. .

Além disso, apostam na possibilidade de que a chamada Lei Magnitsky — legislação estadunidense que prevê sanções contra autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos — seja aplicada a ministros do STF que votarem contra Bolsonaro.

Segundo os interlocutores ouvidos pela reportagem, até a aprovação da agenda no Congresso, o objetivo é sustentar a narrativa de que a Lei Magnitsky deve ser direcionada ao ministro do STF Alexandre de Moraes e a seus familiares. A expectativa, afirmam, é de que, caso Bolsonaro seja condenado, a medida seja ampliada para todos os ministros da Primeira Turma da Corte que se posicionarem contra o ex-mandatário.

Na semana passada, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo participaram de uma reunião com Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, em Washington. O encontro aconteceu no mesmo dia em que foi cancelada a reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes do governo norte-americano.

A reunião durou cerca de uma hora. Durante o encontro, Eduardo e Figueiredo entregaram um relatório alegando que bancos brasileiros não estariam cumprindo a Lei Magnitsky no país. Ao final, Paulo Figueiredo pediu para registrar uma foto, autorizada pelos norte-americanos, e o material foi publicado nas redes sociais dos dois brasileiros na sexta-feira (15), após o aval de Marco Rubio, integrante do Departamento de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Julgamento de Bolsonaro e aliados no STF pode se estender por até 27 horas

Sessões extras foram marcadas para analisar acusações contra o ex-presidente e outros sete réus por participação em trama golpista

Ex-presidente Jair Bolsonaro comparece ao julgamento no Supremo Tribunal do Brasil sobre alegada tentativa de golpe perante o ministro do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes, em Brasília - 10/06/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de participação no chamado “núcleo 1” da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) pode durar até 27 horas de sessões presenciais. A informação foi publicada pela CNN Brasil.

A análise está prevista para começar no dia 2 de setembro, após o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, solicitar que o processo fosse levado a plenário. O presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, atendeu ao pedido e organizou um calendário com sessões extraordinárias para que a ação seja julgada de forma contínua.

◈ Como será a dinâmica do julgamento

A primeira sessão será aberta com a leitura do relatório de Moraes, que apresentará um panorama detalhado das provas reunidas pela investigação. Em seguida, será a vez das sustentações orais. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá a palavra, assim como os advogados de defesa de cada um dos oito acusados.

Cada parte terá até uma hora para expor seus argumentos, embora o chefe do Ministério Público possa receber tempo adicional, já que o processo envolve múltiplos réus. A decisão final sobre essa ampliação caberá ao presidente da Turma.Ao todo, estão reservadas nove horas para sustentações orais e 18 horas para leitura do relatório e votos dos ministros. Após as manifestações, Moraes será o primeiro a votar, seguido pelos demais integrantes: Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Não há limite de tempo para os votos.

◈ Réus do núcleo 1 no STF

Além de Bolsonaro, também serão julgados:

  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022;

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente;

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;

  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa.

◈ Sessões já programadas

O calendário da Primeira Turma prevê sessões matinais e vespertinas entre os dias 2 e 12 de setembro:

  • 2/9 (terça-feira): 9h às 12h e 14h às 19h

  • 3/9 (quarta-feira): 9h às 12h

  • 9/9 (terça-feira): 9h às 12h e 14h às 19h

  • 10/9 (quarta-feira): 9h às 12h

  • 12/9 (sexta-feira): 9h às 12h e 14h às 19h

Com isso, os ministros terão sessões extras para dar conta da complexidade do caso, considerado um dos mais sensíveis da história recente do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Tarifaço fortalece Alckmin e o coloca no páreo contra Tarcísio em SP, avaliam aliados


                O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Foto: Reprodução

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) tem como plano prioritário disputar novamente como vice na chapa de Lula (PT) em 2026. Porém, aliados avaliam que ele sai politicamente reforçado do episódio do tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil — o que o credencia até para enfrentar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na eleição ao governo de São Paulo, caso decida entrar na disputa, conforme informações do Estadão.

Designado por Lula como principal articulador nas negociações com os Estados Unidos, Alckmin se aproximou novamente do setor produtivo paulista. Empresários que torceram o nariz para sua aliança com o PT — após décadas de antagonismo — veem agora com bons olhos a atuação do vice na defesa dos exportadores brasileiros atingidos pela sobretaxa americana.

Dentro do PSB e entre interlocutores do Centrão, a avaliação é que Tarcísio se desgastou com empresários ao apoiar, inicialmente, a medida de Trump. Para esses aliados de Alckmin, “caiu a ficha” de que o governador precisará fazer cada vez mais concessões ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto Alckmin teria mais autonomia e “perfil de equilíbrio”.

Com Bolsonaro inelegível, Tarcísio de Freitas larga na frente na disputa por votos bolsonaristas - BBC News Brasil
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução
Além desse desgaste econômico, Tarcísio enfrenta críticas na área de segurança pública, com pesquisas internas indicando piora na avaliação do tema pelo eleitorado paulista.

Há ainda a possibilidade de Alckmin disputar o Senado por São Paulo em 2026. Nesse cenário, porém, teria que negociar espaço com Fernando Haddad — que também é apontado como eventual candidato ao Senado. O desenho eleitoral deve ganhar maior nitidez apenas no fim do ano.

Fonte: DCM

Melhores carros zero km até R$150 mil para comprar em 2025


        Volkswagen Virtus – Foto: Reprodução

Quem busca um carro novo de até R$ 150 mil em 2025 encontra boas opções entre sedãs equipados e com baixo custo de manutenção. O Honda City EXL (R$ 140.800) se destaca por itens como bancos de couro, monitor de ponto cego e piloto automático adaptativo, além de peças e revisões mais baratas que a média do segmento. Em seguida aparece o Volkswagen Virtus Comfortline (R$ 144.490), com motor 1.0 turbo de 128 cv, quadro digital, central multimídia de 10,1” e pacote completo de segurança.

Entre os importados, o Caoa Chery Arrizo 6 Pro Hybrid (R$ 139.990) é o único sedã médio da lista e combina motor 1.5 turbo de 147 cv com sistema híbrido leve de 48 V. Mesmo com desempenho adequado, o modelo chinês tem manutenção mais cara, o que pode afastar compradores mais conservadores. Em comum, os três veículos oferecem boas listas de equipamentos sem ultrapassar o limite de R$ 150 mil, tentando equilibrar custo, tecnologia e revenda.

Na hora de decidir, especialistas recomendam avaliar itens como preço do seguro, consumo, rede de concessionárias e custo de revisões até 60 mil km. Honda e Volkswagen levam vantagem na desvalorização mais baixa e disponibilidade de peças, enquanto o sedã da Caoa Chery atrai pelo pacote completo e visual diferenciado. Os três seguem como apostas seguras para quem quer trocar de carro zero em 2025 sem passar do limite financeiro.

Fonte: DCM

Estratégia ou coincidência? STF julgará Bolsonaro perto do 7 de Setembro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o início do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) para 2 de setembro, com previsão de término no dia 12 – período que inclui o feriado de 7 de Setembro, quando aliados do ex-presidente planejam manifestações em todo o país.

A proximidade das datas deve aumentar a tensão entre o bolsonarismo e a Corte, mas, segundo interlocutores de Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, e do relator Alexandre de Moraes, o fator “segurança” não influenciou o calendário, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

A prioridade dos ministros é concluir o processo antes de outubro, para que o destino jurídico de Bolsonaro — considerado, nos bastidores, como muito provavelmente a condenação — seja definido com um ano de antecedência da eleição presidencial de 2026.

Moraes e Cristiano Zanin, ministros do STF, estavam entre possíveis alvos de grupo de extermínio, diz
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução
Embora Bolsonaro já esteja inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral, aliados acreditam que esses julgamentos podem ser revertidos quando Kassio Nunes Marques, indicado por ele, assumir a presidência do TSE em agosto de 2026. A vice-presidência também ficará com outro ministro indicado pelo ex-presidente, André Mendonça.

Com a condenação criminal, esse caminho seria fechado no Supremo — e não no TSE. O cronograma divulgado na sexta-feira (15) também coloca o julgamento de Bolsonaro antes da troca de comando do STF: a decisão final deve sair até 12 de setembro, ainda sob presidência de Luís Roberto Barroso, que passa o cargo a Edson Fachin no dia 29.

Nos bastidores, ministros dizem que coincidir com o 7 de Setembro ou com a troca na presidência do STF foi apenas um efeito colateral. O objetivo central é concluir o processo rapidamente, para que o Supremo tenha tempo de sustentar sua decisão institucionalmente e permitir que o clima político “assente a poeira” bem antes de 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Carlos Bolsonaro volta a atacar governadores de direita

        O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) voltou a usar as redes sociais nesta segunda-feira (18) para atacar governadores alinhados à direita. Carluxo, novamente sem citar nomes, condenou a passividade de quem, segundo ele, mesmo diante do “colapso do país”, ainda prega uma união que ignora a realidade:

Diante da completa falta de estabilidade jurídica — digna de inveja à Venezuela —, das torturas, assassinatos, da destruição de qualquer resquício de legalidade e do horror em que o Brasil vem se deteriorando, quem ainda insiste, nesta altura do campeonato, na retórica da “união”, quando sujeitos ignoram tais fatos diariamente, é ou um completo inocente — ou exatamente o contrário.

Não vou completar a frase desta vez. Não estou aqui para gritar que tenho razão, nem me preocupar com as reações de quem há anos só “opina”, repete os mesmos jargões, vê o país desmoronar diante dos olhos e ainda assim continua preso ao script e ignorando a realidade. É preciso enxergar só um pouco além. Não é difícil.

A pessoa que troca sua consciência por voto não merece respeito, e quem a apoia merece ter o que tem.

Estou andando… Apenas sinto a obrigação de alertar, como ser humano, porque desejo justiça e salvação para a maioria do sofrido povo brasileiro.


Ratos

No domingo (17) o filho de Bolsonaro já havia atacado os governadores de direita, a quem chamou de ratos:

“A verdade é dura: todos vocês se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater. Limitam-se a gritar ‘fora PT’, mas não entregam liderança, não representam o coração do povo. Querem apenas herdar o espólio de Bolsonaro, se encostando nele de forma vergonhosa e patética”, escreveu Carlos.

Fonte: DCM

Focus: mercado financeiro revisa inflação de 2025 abaixo de 5%


         Consumidora analisa preços de produtos em prateleiras de supermercado – Foto: Reprodução

Pela primeira vez desde janeiro, o mercado financeiro passou a projetar a inflação de 2025 abaixo de 5%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central. A estimativa recuou de 5,05% para 4,95%, com base em pesquisa feita com mais de 100 instituições financeiras. Apesar da melhora, o número segue acima do teto da meta, de 4,5%.

Para 2026, a projeção de inflação sofreu leve ajuste, de 4,41% para 4,40%. Já para 2027, a expectativa foi mantida em 4%, enquanto o mercado prevê 3,8% para 2028. O sistema de metas adotado pelo Banco Central considera dentro do objetivo uma variação entre 1,5% e 4,5%.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Fernando Haddad explicando o descumprimento da meta no acumulado de 12 meses até junho. Ele atribuiu a pressão inflacionária à atividade econômica aquecida, ao câmbio, ao custo da energia elétrica e a efeitos climáticos, mas reforçou o compromisso com o combate aos preços.

Gabriel Galípolo, atual presidente do BC – Foto: Reprodução

PIB
A projeção do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,21%.

Para 2026, a estimativa também permaneceu em 1,87%, indicando estabilidade nas expectativas de crescimento econômico para os próximos anos.

Selic
Economistas mantiveram ainda a previsão para a taxa básica de juros Selic em 15% ao ano no encerramento de 2025.

Para 2026, a expectativa continua em 12,50% ao ano, e para 2027 em 10,50% ao ano, sem alterações em relação ao boletim anterior.

Câmbio e investimento estrangeiro
Outros indicadores também permaneceram estáveis: o dólar deve fechar 2025 em R$ 5,60, com superávit comercial projetado em US$ 65 bilhões e entrada de investimento estrangeiro direto estimada em US$ 70 bilhões no ano que vem.

Fonte: DCM

Zambelli divide cela com assassina e golpistas na Itália, com quem tem “relações cordiais”


       Carla Zambelli

O advogado ítalo-brasileiro Pietro Nardella-Dellova, que alega ter fontes no sistema judiciário, bem como na prisão de Rebibbia, em Roma, relata que a deputada bolsonarista Carla Zambelli foi transferida de cela no final da tarde deste sábado (16) devido a ameaças de outras detentas.

Pietro contou que Zambelli passou a noite de sexta-feira chorando, situação que teria incomodado uma colega a ponto de quase agredi-la fisicamente. Na manhã seguinte, abalada, a parlamentar não quis se alimentar. Ainda de acordo com o advogado, as colegas de cela teriam apelidado Zambelli de “Pazza di merda”, expressão que se traduz literalmente como “Louca de merda”. Na nova cela, já mais calma, Zambelli teria sido acolhida por uma presidiária africana

A defesa da deputada confirma que Zambelli tem chorado muito nos últimos dias, mas nega que tenha sido transferida de cela. Em suposta greve de fome, ela divide o espaço com uma italiana condenada por homicídio e duas ciganas que teriam cometido crimes menores, mantendo relações cordiais, segundo os advogados.

Durante a audiência de apelação, realizada em 13 de agosto, Zambelli reclamou da falta de medicamentos e xampú. O juiz Aldo Morgigni, da 4ª Seção da Corte de Apelação de Roma, determinou que ela tivesse acesso aos remédios (a deputada faz uso de 10 tipos diferentes), mas a defesa alega que ainda faltam alguns. Já o xampú foi custeado pelos advogados italianos que representam Zambelli.

A golpista já tinha contato com alguns advogados, mas formalizou a defesa apenas após a prisão. Fontes próximas ao caso afirmam que os honorários iniciais pagos foram baixos. O escritório brasileiro que atua na defesa da parlamentar trabalharia pro bono. “Agora que o marido dela está com as contas bloqueadas, estão bem ferrados”, disse a fonte.

Advogados italianos de Zambelli

Dois dos três advogados que defendem a deputada na Itália têm trajetórias marcadas por controvérsias e casos de destaque. Angelo Alessandro Sammarco é um renomado criminalista romano e professor universitário na Universidade de Salerno. Em 2016, seu nome foi envolvido em uma polêmica ligada ao ex-premiê e condenado Cesare Previti. Reportagens afirmaram que o escritório de Sammarco teria colaborado com Previti, insinuando relações duvidosas entre advogados, magistrados e políticos.

Sammarco também atuou como advogado de Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro da Itália, condenado por corrupção, fraude e subornos. Um episódio marcante ocorreu quando Sammarco foi investigado pelos promotores de Nápoles por suposta tentativa de influenciar declarações de Valter Lavitola.

Outro caso notável envolvendo Alessandro Sammarco está relacionado ao Vaticano e ficou conhecido na Itália como a “Audiência do Século”. Na audiência n.º 70 do processo sobre a gestão dos fundos da Santa Sé, realizada em 29 de setembro de 2023, a APSA (Administração do Patrimônio da Sé Apostólica) pediu uma indenização de 270 milhões de euros por danos materiais.

Sammarco foi advogado de Alberto Perlasca, sacerdote italiano e testemunha-chave na investigação sobre a compra de um imóvel em Londres pela Santa Sé. Perlasca revelou que, sob instruções do cardeal Angelo Becciu, foram realizados pagamentos significativos a Cecilia Marogna, consultora que alegava atuar como espiã pessoal de Becciu.

Embora tenha colaborado com as autoridades, Perlasca enfrentou críticas e alegações de que teria alterado seu depoimento por orientação do Papa Francisco. Documentos vazados indicam que o Papa enviou uma mensagem pessoal a Perlasca durante a fase investigativa, expressando apoio e pedindo orações. Dois dias depois, Perlasca modificou seu depoimento, levantando suspeitas sobre a influência dessa interação.

Pieremilio Sammarco, irmão e sócio de Angelo Alessandro, é constitucionalista e professor na Universidade de Bérgamo. Segundo o jornal L’Espresso, trocas de mensagens entre Pieremilio Sammarco e Raffaele Marra, aliado da prefeita de Roma, Virginia Raggi, mostram que o advogado fornecia conselhos estratégicos para ajudar Marra a manter seu cargo durante investigações por corrupção.

Em 2024, Pieremilio Sammarco foi envolvido em um atrito legal entre o comediante Beppe Grillo e o ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte. Grillo, cofundador do fascista Movimento 5 Estrelas — autodefinido como “não partido italiano” e criado em 2009 para deslocar os partidos tradicionais e promover democracia direta via Internet — sugeriu pagar a parcela advocatícia de Sammarco via crowdfunding. A iniciativa gerou debate sobre os recursos utilizados e a visibilidade do custo jurídico.

O terceiro advogado italiano de Zambelli é o civilista Giuseppe Bellomo. No próximo dia 18, ela passará por perícia médica, e no dia 27 está agendada uma audiência para avaliar o possível relaxamento da prisão.

Fonte: DCM

Alexandre de Moraes ao Washington Post: “Não existe possibilidade de recuar um milímetro”


                          Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afirmou, em entrevista ao jornal americano Washington Post, que não pretende ceder diante das pressões políticas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro”, declarou o magistrado, chamado pelo WP de “o juiz que se recusa a ceder à vontade de Trump”. A fala ocorreu após ele relembrar o episódio de 4 de agosto, quando determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprir decisão judicial que o proibia de usar redes sociais.

“Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem tiver que ser condenado, será condenado; quem tiver que ser absolvido, será absolvido”.

Moraes também comentou as retaliações impostas pelo governo Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos elevou tarifas de importação em 50% sobre produtos brasileiros, revogou o visto do ministro e incluiu seu nome na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, sob alegação de supostas violações de direitos humanos. Mesmo assim, o magistrado disse manter “total tranquilidade” para aplicar a lei.

A reportagem destaca que Moraes se tornou um dos nomes mais influentes da Justiça brasileira, conduzindo inquéritos contra a desinformação, determinando prisões de políticos e até suspendendo a operação da plataforma X no Brasil.

“Não há como recuar daquilo que devemos fazer”, afirmou, acrescentando que toma suas decisões com “total tranquilidade”. O Washington Post relatou ainda que, em 2019, em meio à escalada de ataques de Jair Bolsonaro e seus aliados contra o STF, o então presidente da Corte, Dias Toffoli, ligou para Moraes com um “pedido urgente”.

Coube a ele liderar o inquérito das fake news, considerado um “escudo” contra ameaças e discursos antidemocráticos nas redes sociais.

O Post destacou que Moraes aplica uma legislação mais rígida sobre liberdade de expressão do que a existente nos Estados Unidos. “Entendo que, para a cultura americana, é mais difícil compreender a fragilidade da democracia, porque lá nunca houve golpe. Mas o Brasil teve anos de ditadura sob Getúlio Vargas, mais 20 anos de regime militar e inúmeras tentativas de golpe. Quando se é mais atacado por uma doença, você forma anticorpos mais fortes e busca uma vacina preventiva”, disse.

O jornal destacou ainda que Moraes ficou responsável por quase todos os inquéritos sobre ataques à democracia ligados a Bolsonaro e seus apoiadores, além de ter comandado o Tribunal Superior Eleitoral em 2022, quando tornou o ex-presidente inelegível. Ele também assumiu a apuração sobre a trama para se manter no poder, que inclui planos de assassinato de adversários políticos.

“Este é um processo legal legítimo. Cento e setenta e nove testemunhas já foram ouvidas”, afirmou Moraes. Questionado se acumula poder em excesso, o ministro disse que mais de 700 de suas decisões foram revisadas pelo STF em recursos. “Você sabe quantas eu perdi? Nenhuma”, concluiu.

Fonte: DCM

VÍDEO: Ciro acusa Camilo Santana de usar “moças pobres para serviço sexual sujo”

 

Ciro Gomes no aniversário do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio: baixaria

Repercutiu neste sábado (16) um vídeo em que o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, fez ataques contra lideranças do PT durante um encontro com apoiadores.

Em sua fala, Ciro citou diretamente o deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do Governo Lula na Câmara, o ministro da Educação, Camilo Santana, e a prefeita de Crateús, Janaína Farias, que já foi suplente de Camilo no Senado.

O episódio ocorreu durante a festa de aniversário do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. No registro feito por pessoas presentes, Ciro se referiu a Guimarães como “o senhor da cueca” e direcionou críticas pesadas a Camilo Santana.

Segundo ele, “as delegacias de educação, antigamente chamadas, estão loteadas pelo senhor da cueca, que também quer ser senador pelo Ceará”.

Na sequência, Ciro atacou o ministro da Educação ao citar Janaína Farias: “Também pudera! A pessoa que recrutava moças pobres de boa aparência para fazer o serviço sexual sujo do seu Camilo Santana, virou senadora no Ceará. Agora é prefeita no município do Ceará. Esse é o desafio para o qual os meus queridos amigos estão me chamando para encarar. É para eu encarar. Eu vou encarar”, declarou, sendo aplaudido pelos apoiadores.

Janaína Farias reagiu em nota divulgada nas redes sociais, classificando o episódio como ofensivo e lembrando que o ex-governador já foi condenado por declarações semelhantes. “Um misógino que, cada vez mais, diante de seu fracasso político, busca atingir a honra das pessoas, de forma irresponsável e inconsequente”, escreveu a prefeita.

Fonte: DCM

Empresas são condenadas por assédio eleitoral a funcionários em favor de Bolsonaro em 2022

Segundo o Datafolha, em 2022, 4% dos eleitores afirmaram ter sofrido algum tipo de assédio eleitoral

Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Reuters)

Um levantamento realizado pela Folha de S.Paulo na Justiça do Trabalho mostra que diversas empresas brasileiras foram condenadas por praticar assédio eleitoral em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha presidencial de 2022. Entre os métodos registrados nos processos, há relatos de ameaças de demissão, promessas de folga, distribuição de brindes e até a oferta de peças de pernil em troca de votos.

O fenômeno, que remete ao chamado voto de cabresto praticado na República Velha (1889-1930), foi amplamente denunciado no pleito mais recente. Ao todo, a reportagem identificou 30 decisões judiciais em primeira e segunda instância em que companhias foram consideradas culpadas por tentar manipular o voto de seus trabalhadores por meio de pressão, intimidação ou promessas de vantagem.

◈ Exemplos de assédio comprovados na Justiça

Em Minas Gerais, a Agronelli Ltda. foi condenada por colar adesivos de Bolsonaro em mesas e computadores e por promover palestras sobre o então presidente. Um diretor chegou a afirmar que, caso o PT vencesse, a empresa seria prejudicada e funcionários poderiam perder seus empregos.

No Paraná, a Transben Transportes foi punida por enviar vídeos aos colaboradores pedindo que votassem em Bolsonaro. Na gravação, um representante dizia: “Se o Lula ganhar vai ter desemprego. A nossa empresa vai sofrer bastante”. Além disso, a companhia ofereceu auxílio financeiro para motoristas que viajassem a fim de votar no ex-presidente.

Já no Espírito Santo, a Febracis foi condenada a indenizar uma funcionária em R$ 10 mil por tentar coagi-la. Segundo o processo, gestores diziam que a eleição era uma “guerra espiritual”, apresentando Bolsonaro como “enviado de Deus” e Lula como o “Diabo”.

Outro caso de destaque ocorreu em Minas Gerais, no Frigorífico Serradão, em que trabalhadores receberam camisetas amarelas com slogans bolsonaristas e a promessa de um pernil para quem comprovasse o voto em Bolsonaro. Para a Justiça, os vídeos anexados demonstraram “apoio explícito a um candidato imposto pela empresa”.

◈ Demissões e perseguições

Em depoimento, um motorista da Sada Bioenergia e Agricultura, com 12 anos de empresa, disse ter sido demitido aos 64 anos após recusar o uso de adesivo de Bolsonaro. Segundo a sentença, “o respeito à formação de convicção política de forma autônoma e livre é condição essencial à democracia”.

Na Radiodoc (SP), funcionários foram alertados de que “sofreriam as consequências” se não votassem no então presidente. A empresa também prometeu folga para quem participasse de eventos da campanha.

◈ Impacto nacional

Relatórios do Ministério Público do Trabalho (MPT) apontam que, em 2022, foram registradas 3.145 denúncias de assédio eleitoral em todo o país. Para enfrentar o problema, o órgão firmou 560 termos de ajuste de conduta e ajuizou 105 ações civis públicas.

Em uma dessas ações, a SLC Agrícola S.A., do Piauí, foi condenada a pagar R$ 100 mil em danos morais coletivos. A empresa teria escalado 34 funcionários para trabalhar em fazenda distante dos locais de votação no segundo turno, sem fornecer transporte, dificultando que votassem.

A Fomentas (MT) também foi condenada a pagar R$ 50 mil após imagens mostrarem funcionários com uma faixa de apoio a Bolsonaro e registros de reuniões em que vídeos contrários a Lula eram exibidos.

◈ Risco à democracia

Especialistas alertam que o assédio eleitoral coloca em xeque a integridade do sistema democrático. Para a professora de direito constitucional e eleitoral Eneida Desiree Salgado, da Universidade Federal do Paraná, “assim como o voto de cabresto no contexto do coronelismo da Primeira República, o que está em jogo não é apenas a liberdade de um voto. Com a existência do assédio eleitoral, toda a lisura do sistema é posta em risco”.

Pesquisas confirmam a dimensão do problema: segundo o Datafolha, em 2022, 4% dos eleitores afirmaram ter sofrido algum tipo de assédio eleitoral durante a campanha.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo