terça-feira, 8 de julho de 2025

Moraes marca oitivas dos núcleos 3 e 4 da trama golpista

 Audiências no STF ocorrem em julho e envolvem militares e agentes acusados de planejar ataques e disseminar mentiras sobre as eleições de 2022

Alexandre de Moraes - 20/05/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)


 Agência Brasil- O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 14 de julho o início dos depoimentos das testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus dos núcleos 3 e 4 da trama golpista.

As oitivas serão realizadas até o dia 23 de julho. Políticos e militares indicados pelos réus serão ouvidos por videoconferência, entre eles, o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, o ministro da Defesa, José Mucio, além do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e o tenente-brigadeiro do ar, Baptista Júnior, ex-chefe da Aeronáutica.

Por estarem na condição de testemunhas, as pessoas arroladas não poderão mentir sobre os fatos que presenciaram.

Com o despacho do ministro, todas as testemunhas arroladas pelos acusados e pela PGR nas ações penais sobre a tentativa de golpe serão ouvidas neste mês. Em junho, Moraes também marcou para o dia 14 de julho o início dos depoimentos relacionados ao Núcleo 2 da trama golpista. Nesse caso, as oitivas vão até 21 de julho.

Um dos primeiros a depor será o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que vai falar no primeiro dia de audiência, na condição de delator. Ele foi arrolado pela PGR, que faz a acusação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi indicado pela defesa de Filipe Martins, réu do Núcleo 2, mas o depoimento não foi autorizado por Alexandre de Moraes. Bolsonaro também é réu na trama golpista. Ele faz parte do Núcleo 1, cujas testemunhas e réus já foram ouvidos.

>> Confira os acusados que fazem parte dos núcleos da trama golpista:

Núcleo 2

  • Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro);
  • Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal);
  • Mário Fernandes (general do Exército);
  • Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal);
  • Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário-adjunto de Segurança do Distrito Federal).

Núcleo 3

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército);
  • Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
  • Estevam  Theophilo (general);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
  • Nilton Diniz Rodrigues (general);
  • Rafael Martins De Oliveira (tenente-coronel);
  • Rodrigo Bezerra De Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira De Araújo Júnior (tenente-coronel);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (policial federal).

Núcleo 4

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel);
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do presidente do Instituto Voto Legal).
Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil 

 

Apucarana implanta novo modelo de poda de árvores para atender mais rápido pedidos da população


Apucarana iniciou nesta terça-feira (08/07) a implantação de um novo modelo para a poda de árvores em áreas públicas. O objetivo é agilizar os serviços, realizar ações preventivas e atender a demanda represada de pedidos da população, especialmente os laudos de avaliação.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva, o novo modelo permitirá organizar melhor as equipes e otimizar o cronograma. A programação de trabalho está sendo planejada visando atender as solicitações específicas da população, como laudos de vistoria, e realizar podas preventivas em locais estratégicos, como avenidas de grande movimento e áreas de lazer.

Outro avanço destacado pelo secretário é o mutirão de avaliação de laudos pendentes, que já reduziu pela metade um passivo de quase dois mil processos herdados da gestão anterior. “Tínhamos pedidos desde 2018 aguardando vistoria. Agora, com esse novo modelo, vamos agilizar os atendimentos e a execução dos laudos”, afirmou Diego Silva.

A primeira ação deste novo modelo aconteceu hoje no entorno do Lago Jaboti, com a poda de galhos que estavam prejudicando a visibilidade, oferecendo riscos na pista de caminhada e prejudicando a iluminação pública.

O contrato firmado pela Prefeitura com empresa especializada foi estruturado por carga horária semanal e não mais por número de árvores podadas. “Antes, o pagamento era feito por quantitativo de serviço, o que dificultava o trabalho preventivo e até o atendimento de situações pontuais. Conforme previsto no novo modelo, a empresa receberá um valor fixo por mês para cumprir 44 horas semanais de serviço” explica o secretário Diego Silva. Segundo ele, o contrato segue critérios de segurança, com caminhões com menos de 10 anos de uso, além de exigir uma quantidade mínima de profissionais que é de nove pessoas, uso de uniformes e equipamentos de proteção. O secretário informa ainda que o contrato foi celebrado com a Nivisa Soluções Ambientais, empresa vencedora da licitação.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Mãe de Zambelli ignora ordem e segue morando em apartamento da Câmara

 

A deputada federal licenciada Carla Zambelli. Foto: Divulgação
A mãe da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) continua ocupando o apartamento funcional da Câmara dos Deputados em Brasília, que deveria ter sido devolvido pela deputada na última sexta-feira (4). Rita Zambelli e seu neto João, filho da ex-deputada, residem no local desde o início do primeiro mandato da bolsonarista.

Rita afirmou que ainda não foi notificada para desocupar o imóvel e que só o fará quando solicitada pela Câmara. A Câmara dos Deputados determinou que a devolução do imóvel deve ocorrer dentro de 30 dias após a formalização da licença do mandato, sendo o prazo para devolução do apartamento já expirado.

Caso o imóvel não seja desocupado, Zambelli poderá ser obrigada a indenizar a Casa com base no valor do auxílio-moradia pago a parlamentares que não ocupam imóveis funcionais. A questão deve ser resolvida nesta semana, conforme anunciado pelo deputado Sérgio Souza (MDB-PR), responsável pela gestão dos apartamentos.

O deputado Sérgio Souza. Foto: Divulgação
O afastamento de Zambelli foi oficializado em 5 de junho, sendo por motivos de saúde por sete dias e por interesse particular por mais 120 dias, sem remuneração.

O caso está sendo acompanhado de perto pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que deliberará sobre a perda do mandato da deputada, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal. O STF decretou o trânsito em julgado da condenação de Zambelli, o que impossibilita novos recursos, e a deputada está foragida na Itália.

A Interpol incluiu a bolsonarista na lista de difusão vermelha, atendendo a um pedido da Polícia Federal. A parlamentar enfrenta um processo de cassação na Câmara, com a decisão final a ser tomada pelo plenário, após análise do relatório na CCJ.

Fonte: DCM

VÍDEO: Haddad critica elite e diz que 1% faz “inferno” contra a maioria

 

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em entrevista ao Metrópoles. Foto: reprodução
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as reações contra o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afirmando que apenas “1%” da população se mobilizou na internet contra a medida, que foi posteriormente derrubada pelo Congresso Nacional. Em entrevista ao Metrópoles nesta terça-feira (8), Haddad defendeu a proposta do governo e rebateu as críticas, classificando o debate como desproporcional.

“Não é razoável que 1% da população faça esse inferno na internet dizendo que estamos colocando o ‘nós contra eles’. Nós quem? 99% contra 1%. E contra por quê? Se eles não pagam o que nós pagamos? Se eles pagassem o que nós pagamos, 99%, estava de boa. Mas esse 1% não quer pagar nem o que os 99% pagam”, afirmou o ministro.

Haddad justificou o aumento do IOF como uma forma de corrigir distorções tributárias, argumentando que as mudanças não afetariam “quem já paga”.

Ele citou exemplos de brechas que permitiam a sonegação, como operações de câmbio e uso de VGBL para postergar o pagamento de Imposto de Renda. “A pessoa que paga no cartão de crédito, paga IOF. Sempre pagou. E inventaram uma forma de driblar o IOF câmbio. A gente fechou. Não pode isso aqui. Todo mundo tem que pagar igual”, declarou.


O ministro também minimizou o embate entre o governo e o Congresso, que derrubou o decreto presidencial que aumentava o IOF. Comparando a situação a um “Fla-Flu”, Haddad afirmou que o impasse “não interessa a ninguém” e defendeu a constitucionalidade da medida.

“Por dever de ofício, eu tenho que defender o ato do presidente da República. Não existe nenhum vício de constitucionalidade na decisão tomada pelo presidente da República, zero”, disse.

Ele também acusou a oposição de ser “antinacional” e prejudicar os interesses do país, alegando que as ações contrárias ao governo estariam deixando as Forças Armadas “sem recursos”. Apesar das críticas, Haddad negou atritos com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e afirmou que o Ministério da Fazenda continuará negociando com o Congresso.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu tanto o decreto do Executivo quanto a decisão do Congresso que o derrubou. Em sua decisão, Moraes destacou a necessidade de analisar os argumentos de ambas as partes e convocou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho.

A medida cautelar do STF deixa o imposto temporariamente sem alteração até que haja uma definição judicial. O governo Lula terá que apresentar justificativas para manter o aumento, enquanto o Congresso também deverá defender sua posição.

Fonte: DCM

Moraes estende investigação contra Eduardo Bolsonaro por mais 60 dias

 

O ministro Alexandre de Moraes e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 60 dias a investigação da Polícia Federal (PF) sobre o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão, publicada na segunda-feira (7), foi tomada após um pedido da PF para dar continuidade às diligências pendentes no caso.

A investigação busca apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde ele está desde março deste ano, com foco em sua possível tentativa de interferir em processos judiciais no Brasil.

O inquérito foi aberto em maio, após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alega que Eduardo Bolsonaro fez declarações públicas e postagens nas redes sociais incitando ações contra autoridades brasileiras, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo Bolsonaro durante discurso na Cpac em Washington. Foto: Divulgação
A PGR investiga se o deputado tentou pressionar o governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, a impor sanções contra ministros do STF e outras figuras políticas brasileiras. Em seu depoimento à PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, revelou que enviou R$ 2 milhões ao filho para custear sua estadia nos Estados Unidos.

Ele afirmou que o dinheiro, transferido via Pix, tinha origem em uma campanha realizada em 2023. Apesar disso, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em atividades ilegais ou tentativas de interferir nos processos judiciais em andamento no Brasil, alegando que as ações de seu filho eram voltadas à defesa da democracia.

O ataque político também chegou aos Estados Unidos, onde Donald Trump publicou nas redes sociais uma defesa enfática de Jair Bolsonaro, dizendo que ele estava sendo “perseguido” no Brasil. Em resposta, o governo do presidente Lula (PT) repudiou qualquer interferência externa, reafirmando que o Brasil não aceita tutelas externas em sua política interna.

Fonte: DCM

Conselho de Ética começa a julgar deputado bolsonarista que chamou Gleisi de “prostituta”

 

Gilvan da Federal. Foto: Divulgação
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta terça-feira (8) para dar início ao processo contra o deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES), acusado de conduta incompatível com o decoro parlamentar. A representação foi formalizada pela Mesa Diretora da Câmara devido a ataques feitos pelo parlamentar à ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Secretaria de Relações Institucionais.

A reunião está marcada para as 15 horas, no plenário 11. Gilvan da Federal está com o mandato suspenso por 90 dias após chamar a ministra de “prostituta” e “amante” durante uma audiência na Comissão de Segurança Pública, realizada no dia 29 de abril.

Mesmo afastado, o processo no Conselho de Ética pode resultar na perda definitiva de seu mandato. A denúncia aponta que o deputado excedeu seu “direito constitucional à liberdade de expressão”, fazendo insinuações “ultrajantes e depreciativas”, ferindo a dignidade da Câmara dos Deputados.

O parlamentar é o mesmo que defendeu a morte do presidente Lula durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Além disso, foi condenado a um ano e quatro meses de reclusão, em regime aberto, por violência política de gênero contra a deputada estadual capixaba Camila Valadão (PSOL).

Câmara dos Deputados. Foto: Divulgação
Em sua defesa, o parlamentar argumentou que a representação contra ele é imprecisa e genérica, afirmando que a confusão com o deputado Lindbergh Farias (PT) foi iniciada por Farias. A Mesa Diretora, que acionou o Conselho de Ética, considera as falas de Gilvan como ataques pessoais que ultrapassaram os limites da liberdade de expressão parlamentar.

A suspensão do deputado foi uma medida inédita, já que a Câmara aplicou a sanção antes da conclusão do processo disciplinar. Apesar de sua suspensão por três meses, Gilvan da Federal ainda pode ser alvo de um processo disciplinar formal, que poderá resultar na cassação de seu mandato.

O relator do caso, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), defendeu que a suspensão foi uma medida “legítima, proporcional e necessária” para proteger a imagem do Parlamento, considerando a desqualificação moral cometida por Gilvan incompatível com o cargo de deputado.

Fonte: DCM

MP Eleitoral pede suspensão de direitos políticos de Nikolas Ferreira por ataques a Fuad Noman

O deputado divulgou vídeo com desinformações sobre um livro escrito pelo então prefeito de Belo Horizonte

                        Dep. Nikolas Ferreira (PL - MG) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou nesta terça-feira (9) o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e seus aliados por supostos crimes eleitorais cometidos durante a campanha municipal de 2024, em Belo Horizonte. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a denúncia, Nikolas e o deputado estadual Bruno Engler (PL) teriam cometido difamação contra o então prefeito Fuad Noman, ao divulgarem vídeos com ataques baseados em passagens do livro "Cobiça", escrito por Fuad em 2020. O MP argumenta que os acusados apresentaram “fatos sabidamente inverídicos”, com o objetivo de prejudicar a imagem do político na reta final da eleição.

O caso ganhou ainda mais gravidade após Nikolas descumprir decisão da Justiça Eleitoral que determinava a remoção do conteúdo das redes sociais, publicada um dia após a veiculação do vídeo. Segundo o MP, o deputado “passou a debochar publicamente da decisão judicial”, mantendo a publicação e postando um novo vídeo com críticas à Justiça e repetindo as mesmas alegações.

“Tal ato, praticado após ciência inequívoca da ilicitude de sua conduta, demonstra o dolo intenso e a persistência na prática delitiva, com o claro objetivo de manter a desinformação circulando na véspera da eleição”, afirma o promotor Renato Augusto de Mendonça, autor da denúncia.

Os vídeos acusavam Fuad de ser autor de um "livro pornográfico", referindo-se a uma passagem fictícia da obra que descreve um estupro coletivo de uma menina de 12 anos. O MP esclarece que, embora o trecho exista, ele está contextualizado dentro da trama e não representa nenhum tipo de apologia ou correlação com a gestão do então prefeito, como insinuado por Nikolas.

Fuad Noman se reelegeu ainda em 2024, mas faleceu em março deste ano. A denúncia pede, além da suspensão dos direitos políticos dos envolvidos, uma indenização por danos morais, a ser destinada a instituições de caridade, conforme indicação da família de Fuad.

Além de Nikolas e Engler, também foram denunciadas pela mesma conduta a deputada estadual Delegada Sheila (PL-MG) e a então candidata a vice-prefeita da chapa de Engler, Coronel Cláudia (PL), por disseminarem conteúdo semelhante.

A Justiça Eleitoral já havia determinado, no ano passado, direito de resposta à campanha de Fuad, ao concluir que os vídeos “disseminavam informações descontextualizadas e inverídicas, com o claro intuito de prejudicar a imagem do candidato à reeleição”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Justiça dos EUA intima Moraes por 'censura' em ação movida por big techs

Plataformas digitais querem que decisões do ministro do STF sobre redes sociais sejam consideradas inválidas em território estadunidense

    Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A Justiça dos Estados Unidos intimou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a responder formalmente a uma ação judicial apresentada pela Trump Media — empresa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — e pela plataforma de vídeos Rumble. As informações são do Infomoney.

As duas companhias acusam o magistrado brasileiro de censura, argumentando que ele violou a Primeira Emenda da Constituição americana ao determinar o bloqueio de contas em redes sociais no Brasil. A ação, protocolada na segunda-feira (7), solicita que a Corte norte-americana considere as decisões de Moraes sem validade nos Estados Unidos.

Segundo o texto da intimação, Moraes dispõe de 21 dias para apresentar uma defesa ou protocolar uma moção para contestar o processo. Caso não o faça nesse prazo, o tribunal poderá tomar uma decisão à revelia, aceitando automaticamente as reivindicações das empresas.

Ainda conforme a reportagem, os autores da ação alegam que as ordens expedidas por Moraes interferem na liberdade de expressão protegida em solo dos EUA, ao impedir o acesso a conteúdos políticos legítimos. Entre os afetados pelas medidas do STF, está o jornalista Allan dos Santos, aliado da extrema-direita brasileira e investigado por disseminação de fake news. Ele é considerado foragido da Justiça brasileira.

As empresas requerem que a Justiça dos EUA reconheça que as ordens de Moraes são “inexequíveis” no país, por violarem princípios constitucionais locais. A ofensiva jurídica ocorre após a suspensão das atividades da Rumble no Brasil, determinada em fevereiro deste ano, quando a plataforma descumpriu decisões do STF de bloquear os perfis de Allan dos Santos, interromper repasses financeiros e designar um representante legal com poderes no país.

Sem atender às determinações, a Rumble teve suas operações interrompidas temporariamente em território brasileiro. A empresa justificou que seus advogados não possuíam poderes legais para representar a companhia no Brasil e, posteriormente, renunciaram ao mandato.

Diante do impasse, a empresa decidiu acionar a Justiça americana em busca de proteção jurídica, sustentando que as exigências impostas pelo Supremo brasileiro configurariam censura, à luz da legislação dos Estados Unidos.

O episódio amplia o conflito entre o Judiciário brasileiro e plataformas digitais estrangeiras, sobretudo aquelas ligadas a grupos conservadores. O caso também serve de combustível para a retórica de perseguição adotada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro — narrativa que tem sido endossada pelo presidente Donald Trump, que nesta semana se manifestou publicamente em defesa do ex-mandatário, réu no STF por tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Relator do novo Código Eleitoral barra tentativa de reintroduzir voto impresso: "retrocesso"

Senador Marcelo Castro vetou emendas de senadores aliados de Bolsonaro e defendeu segurança do sistema eletrônico

           Senador Marcelo Castro (MDB-PI) (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Projeto de Lei Complementar (PLP 112/2021), que trata do novo Código Eleitoral, vetou a inclusão de emendas que previam a adoção do voto impresso — pauta defendida por parlamentares ligados ao bolsonarismo. Segundo a CNN Brasil, o parlamentar afirmou que resgatar essa discussão agora significaria “um retrocesso”. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na próxima quarta-feira (9).

As tentativas de emplacar o retorno do voto impresso partiram dos senadores Izalci Lucas (PL-DF), Esperidião Amin (PP-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE), mas todas foram rejeitadas por Marcelo Castro, conforme relatório divulgado na noite de segunda-feira (7). Na justificativa, o relator reforçou a confiabilidade do sistema eletrônico de votação, em funcionamento no Brasil desde 1996. “O Brasil já fez 15 eleições gerais e municipais nesse período e nunca houve qualquer comprovação de fraude do sistema”, declarou.

Marcelo Castro ainda destacou os mecanismos de verificação já existentes no processo eleitoral: “A Justiça Eleitoral oferece aos partidos políticos, às instituições e à sociedade civil diversas oportunidades de auditoria da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Essas possibilidades de auditoria ocorrem antes, durante e depois das eleições, inclusive para o pleito deste ano.”

Ao comentar sobre os impactos práticos da reintrodução do voto impresso, ele foi enfático: “Representaria enorme dificuldade operacional, com a instalação de impressoras, que são equipamentos altamente suscetíveis a problemas mecânicos, em todas as urnas, além de ampliar, significativamente, o custo das eleições”.

O projeto do novo Código Eleitoral já acumula 373 emendas, das quais 335 foram analisadas. Castro apresentou parecer favorável à proposta, acolhendo total ou parcialmente mais de 40 sugestões e propondo um substitutivo ao texto original.

Em abril, em entrevista à CNN, o senador também defendeu a proposta em tramitação, rejeitando críticas de que ela significaria retrocesso. “Não é um retrocesso, quando se uniformiza e se coloca regras claras e transparentes, pelo contrário, toda a sociedade ganha [...] Todos ganham quando a lei é clara e não dá margem para interpretações variadas”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula lidera com folga no 1º turno e vence todos os adversários no 2º, aponta pesquisa Atlas

Presidente aparece à frente de Tarcísio, Michelle Bolsonaro e outros nomes em todos os cenários testados para 2026

Luiz Inácio Lula da Silva - São Paulo (SP) - 26/06/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com margem confortável os cenários de primeiro turno e vence todos os possíveis adversários em simulações de segundo turno para as eleições presidenciais de 2026, segundo a pesquisa Latin America Pulse – Junho 2025, realizada pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg Línea.

O levantamento foi feito entre os dias 27 e 30 de junho, com 2.621 entrevistados em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Os números indicam ampla vantagem de Lula frente a nomes da direita como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro, Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União), Ratinho Jr. (PSD) e Eduardo Leite (PSDB).

● Lula lidera no 1º turno em todos os cenários - Nos três cenários principais simulados para o primeiro turno, Lula aparece como o candidato mais votado em dois:

  • Cenário 1: Lula lidera com 44,6%, seguido por Tarcísio de Freitas (34%). Os demais nomes ficam abaixo de 5%, incluindo Romeu Zema (4,4%), Pablo Marçal (3,7%) e Ciro Gomes (3,5%).
  • Cenário 2: O presidente chega a 45%, enquanto Michelle Bolsonaro soma 30,4%. Zema (7,2%), Ratinho Jr. (4,8%) e Caiado (4%) aparecem em seguida.
  • Cenário 3: Sem Lula, Fernando Haddad surge como candidato do campo progressista com 33,3%, praticamente empatado com Tarcísio, que tem 34%. Ciro Gomes (8,3%) é o terceiro colocado.
● Lula vence com vantagem no 2º turno - A pesquisa também simulou cenários de segundo turno, sempre com Lula como candidato do campo progressista. Em todos eles, o presidente sairia vitorioso:

  • Contra Tarcísio de Freitas: 47,6% x 46,9% (diferença de 0,7 ponto)
  • Contra Michelle Bolsonaro: 48% x 47,5% (diferença de 0,5 ponto)
  • Contra Romeu Zema: 48% x 38,6% (diferença de 9,4 pontos)
  • Contra Ronaldo Caiado: 47,8% x 35,3% (diferença de 12,5 pontos)
  • Contra Ratinho Jr.: 47,3% x 39% (diferença de 8,3 pontos)
  • Contra Eduardo Leite: 47% x 23,9% (diferença de 23,1 pontos

Mesmo nos cenários mais apertados — contra Tarcísio e Michelle — Lula aparece na frente. A vantagem cresce de forma expressiva diante de nomes menos consolidados no cenário nacional, como Eduardo Leite, Ronaldo Caiado e Ratinho Jr.

● Bolsonaro fora da disputa - Embora o nome de Jair Bolsonaro ainda apareça em alguns recortes da pesquisa, o ex-presidente deve ser desconsiderado como candidato viável em 2026. Ele foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030 e está prestes a ser preso por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247

Fifa tenta evitar estádio vazio e vende ingressos de Fluminense x Chelsea a R$ 72


Jogadores do Fluminense comemoram classificação para a semifinal do Mundial de Clubes nos Estados Unidos – Foto: Reprodução

A Fifa reduziu drasticamente os preços dos ingressos para a semifinal entre Fluminense e Chelsea na Copa do Mundo de Clubes. O jogo acontece nesta terça-feira (9), às 16h (horário de Brasília), no Metlife Stadium, em Nova Jersey, e entradas passaram a ser vendidas por apenas US$ 13,40, o equivalente a R$ 72. Antes da queda de preço, os ingressos chegavam a custar US$ 473,90 (R$ 2.563), o que representa uma variação de 97,2%. “O valor é menor do que o de um copo de cerveja no estádio”, destacou o The Athletic.

A queda no valor reflete a dificuldade de atrair público para jogos sem times como Real Madrid ou PSG, que lideram a média de público na competição. A maior audiência registrada foi na vitória do PSG sobre o Atlético de Madrid, com 80.619 torcedores. Já o Real Madrid levou 76.611 pessoas ao estádio na partida contra o Borussia Dortmund.

Para lidar com a baixa demanda, a Fifa adotou um sistema de preços dinâmicos com a Ticket Master, que reduz o valor dos ingressos quando a procura é baixa. A estratégia já havia sido usada em jogos anteriores com entradas vendidas por até US$ 11 (R$ 59).

Fonte: DCM

VÍDEO – Boulos detona Eduardo Bolsonaro após post de Trump: “Patriotas da Shopee”


Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em debate – Reprodução/CNN Brasil

Durante debate na CNN Brasil nesta segunda-feira (7), o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) ironizou Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seus apoiadores, chamando-os de “patriotas da Shopee”. A crítica foi feita após o parlamentar licenciado elogiar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia defendido Jair Bolsonaro (PL) e condenado as investigações do STF.

Boulos afirmou que o Brasil não é “quintal dos Estados Unidos” e criticou a postura de bolsonaristas que pedem sanções contra o próprio país. “Dizem que são patriotas, mas batem continência para a bandeira americana e pedem intervenção estrangeira. Isso não é patriotismo, é submissão”, afirmou, destacando a contradição do discurso conservador com a soberania nacional.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, defendeu uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, reafirmando que há perseguição contra sua família. O psolista rebateu, classificando a tese como uma narrativa da extrema-direita para tentar apagar o caráter golpista dos atos: “Não há perseguição, há responsabilização jurídica”.

Fonte: DCM

Efeito Lula: expectativa econômica melhora e confiança do consumidor sobe, diz Atlas Intel

 

O presidente Lula e Fernando Haddad, ministro da Fazenda – Foto: Reprodução
Após um recuo em maio, a confiança do consumidor brasileiro voltou a subir em junho, impulsionada por uma percepção mais otimista sobre a economia. O Índice de Expectativa teve alta, enquanto a percepção atual de inflação caiu 0,8%, chegando a 6,2%. A expectativa futura para a inflação também recuou, passando de 5,7% para 5,2%. Os dados são da última pesquisa Atlas Intel, divulgada nesta terça-feira (8).

Percepção e expectativa de inflação – Foto: AtlasIntel/Bloomberg
Índice de Confiança do Consumidor – Foto: AtlasIntel/Bloomberg


A percepção futura da população com a situação econômica e do mercado de trabalho daqui a 6 meses também melhorou. O otimismo cresceu especialmente no núcleo familiar, com alta de 12 pontos percentuais. Já o pessimismo em relação ao mercado de trabalho e à economia nacional apresentou leve queda, reforçando a tendência de recuperação de confiança.

Percepção futura da população com a situação econômica e do mercado de trabalho daqui a 6 meses – Foto: AtlasIntel/Bloomberg


Acompanhamento de tendência

A mudança de humor do consumidor acompanha os dados divulgados pelo Boletim Focus. O mercado financeiro revisou para cima a projeção de crescimento do PIB de 2025, agora estimado em 2,23%, e reduziu novamente a estimativa de inflação, que caiu para 5,18%. Para 2026, a expectativa de crescimento teve leve queda, de 1,87% para 1,86%, mas permanece estável no cenário de médio prazo.

Os indicadores econômicos positivos coincidem com uma melhora na imagem do governo. A aprovação do presidente Lula subiu 2% em junho, e a desaprovação caiu na mesma proporção.

Fernando Haddad, ministro da Economia, também teve avanço na imagem, com queda de 5% na avaliação negativa e aumento de 3% na positiva, indicando maior confiança nas lideranças políticas ligadas à economia.

Evolução da imagem positiva e negativa de quatro líderes políticos – Foto: AtlasIntel/Bloomberg
A corrupção continua sendo o maior problema identificado pelos brasileiros, com 58% mencionando a questão como a principal preocupação no país.
Principais problemas apontados pela população brasileira entre outubro de 2024 e junho de 2025 – Foto: AtlasIntel/Bloomberg

Ainda segundo o Boletim Focus, outros dados também tiveram projeções positivas, como a Selic e a expectativa de aumento ou diminuição do dólar frente ao real.

A taxa básica de juros, que atualmente está em 15% ao ano, deve encerrar 2025 no mesmo patamar, com expectativa de queda para 12,5% até o fim de 2026.

No câmbio, por sua vez, o mercado manteve a previsão de que o dólar feche 2025 em R$ 5,70. Para 2026, a projeção caiu de R$ 5,79 para R$ 5,75.

Fonte: DCM